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     Cidade Inteligente é uma cidade que consegue integrar bem 3 aspectos: Infra estrutura, Planejamento/Gerenciamento (por parte do governo) e a Inteligência Humana (por parte dos trabalhadores, empreendedores e iniciativa privada).

 

     Através da integração destes três fatores é possível trazer vários benefícios para as cidades, tais como: Planejamento Urbano mais eficiente; Prédios mais inteligentes; Preservação Ambiental; melhoria nos Transportes; Consumo mais consciente de água e energia e até mesmo melhorar três pontos que são muito problemáticos no Brasil: Educação, Saúde e Segurança Pública.

 

    A metodologia inerente ao Índice de Cidades Inteligentes integra cinco dimensões de análise – Inovação, Sustentabilidade, Inclusão, Governação e Conectividade, quantificadas através de uma bateria superior a 100 indicadores.

 

GOVERNAÇÃO: Integra as políticas urbanas, assim como os processos de cooperação entre atores políticos, econômicos e sociais, com destaque para as questões da participação pública. A eficiência, eficácia e transparência da provisão de serviços públicos são também fatores chave da análise da inteligência urbana.

 

INOVAÇÃO: Abarca a competitividade das cidades em termos de criação de riqueza e geração de emprego. Focam-se não só nos sectores intensivos em I&D e tecnologia, mas também no contributo das atividades da economia criativa, verde e social para o desenvolvimento econômico dos espaços urbanos.

 

SUSTENTABILIDADE: Inclui a eficiência na utilização dos recursos, a proteção do ambiente, assim como o equilíbrio dos ecossistemas. A gestão da água e dos resíduos, a eficiência energética e a utilização de energias renováveis, a construção sustentável, a mobilidade, as emissões de gases, com efeito, estufa e a biodiversidade são alguns dos fatores chave do estudo.

 

INCLUSÃO: Integra não só as questões associadas à coesão social, mas também a diversidade cultural, a inovação e o empreendedorismo social e a inclusão digital ao nível dos serviços de saúde, segurança, educação, cultura e turismo. A utilização de tecnologias digitais ao serviço da integração social de camadas mais desfavorecidas da população é também alvo de análise.

 

CONECTIVIDADE: Abarca o envolvimento das cidades em redes territoriais nacionais e internacionais, assim como o nível de integração de funções e infraestruturas urbanas. A utilização de tecnologias de informação e comunicação e de redes digitais é considerada como um fator crítico de sucesso.

 

Cidades Inteligentes – União Europeia

 

Oportunidades para Portugal

 

            Por todo mundo estão a emergir programas e projetos “cidades inteligentes” ou “Smart Cities” como um método de corrigir e amenizar os problemas urbanos que todos os países enfrentam atualmente. Como as alterações climáticas, a crise econômica, a pobreza, falta de infraestrutura, a exclusão social e diversos outros.

 

            Com vista nas estratégias e planos de ações para responder essas oportunidades do mercado de Smart Cities e dos programas de financiamento de programação no período de 2014 – 2020, as autoridades de Portugal necessitam de informação e conhecimento especializado. Com isso a INTELI desenvolveu um índice de cidades inteligentes, que integra cinco dimensões de análise: inovação, sustentabilidade, inclusão, governação e conectividade. A metodologia foi aplicada a 20 das 25 cidades que integram o Living Lab RENER, uma rede criada como espaço de teste e experimentação de soluções inovadoras no âmbito do programa Nacional de Mobilidade Elétrica.

 

            As cidades inteligentes e a comunidade de inovações da União Europeia privilegiam-se o desenvolvimento de soluções integradas no cruzamento de energia, mobilidade e tecnologia da informação e comunicação, áreas nas quais a indústria e as cidades portuguesas têm vindo a apostar.

 

            Assim, as autoridades nacionais deverão desenvolver uma estratégia integrada para os fundos europeus, em coerência com a estratégia de investigação e inovação para uma especialização inteligente, que servirá de base ao lançamento de uma Agenda Urbana para um Crescimento Inteligente, Sustentável e Inclusivo das cidades portuguesas.

 

Smart Cities na Europa: As cidades inteligentes estão em desenvolvimento em todo o mundo como novo paradigma urbano, procurando resolver os principais problemas que enfrentamos atualmente nos espaços urbanos, desde a crise econômica e as alterações climáticas até as desigualdades sociais e exclusão social.

 

            Por isso as políticas europeias têm dado prioridade a projetos inteligentes, sustentáveis e inclusivos, com reflexos nos programas de financiamento do período de 2014 a 2020.

 

Como Portugal pode aproveitar as oportunidades emergentes dos programas europeus no contexto de smart cities?

            Através do conceito desenvolvido pela INTELI – Índice de smart Cities apresenta-se então como o papel atribuído das cidades inteligentes para a Europa, assim então Portugal traça algumas recomendações políticas, regionais e locais para tal objetivo. 

Aplicação do Índice de Cidades Inteligentes à Rede RENER

Índice de Cidades Inteligentes: São índices de smart cities que pretendem estabelecer rankings de cidades em áreas diversas, com foco na sustentabilidade, energia e tecnologias de informação e comunicação.

 

            O Índice de Cidades Inteligentes, desenvolvido pela INTELI – Inteligência em Inovação, Centro de Inovação (2012), destaca-se por partir de um modelo integrado de cidade inteligente, que se traduz numa cidade atrativa para talentos, visitantes e investidores pela aliança entre a inovação, à qualidade do ambiente e a inclusão social e cultural, num contexto de governação aberta e de conectividade com a economia global, visando à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

 

Tem como objetivo posicionar estrategicamente as cidades portuguesas em matéria de inteligência urbana, resultando numa base de informação e conhecimento municipal de suporte à tomada de decisão das políticas públicas e dos atores económicos e sociais. Pretende-se, ainda, contribuir para melhorar o desempenho dos territórios, através da geração de oportunidades de cooperação urbana orientadas para a criação de produtos, serviços e soluções inovadoras.

 

Rede RENER: O Índice de Cidades Inteligentes foi aplicado, numa fase piloto, às cidades que constituem a Rede RENER – Living Lab para a Inovação Urbana, liderada pela INTELI e membro da Rede Europeia de Living Labs. Trata-se de um laboratório vivo que integra 25 cidades portuguesas, funcionando como espaço de teste e experimentação de soluções urbanas inteligentes em contexto real. Privilegia-se uma filosofia de inovação aberta e de co-criação com forte envolvimento dos utilizadores. O RENER é também um palco de partilha de experiências e boas práticas com capacidade de replicação noutras cidades e regiões querem a nível nacional quer internacional. As soluções desenvolvidas, incubadas e testadas localmente podem ser exportadas, potenciando a capacidade de internacionalização das empresas portuguesas.

 

 

Resultados obtidos a partir do Índice RENER sobre as cidades inteligentes de Portugal:

 

            Na aplicação do Índice de Cidades Inteligentes a 20 cidades da Rede RENER, Lisboa, Almada, Cascais, Aveiro e Vila Nova de Gaia foram os municípios que se destacaram em matéria de inteligência urbana, trata-se de municípios localizados nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e de cidades com forte presença universitária.

 

            No entanto, este posicionamento varia de acordo com as dimensões de análise, o que demonstra que algumas cidades apresentam melhor pontuação numas áreas e outras em outras áreas, face às características dos territórios e à pro-atividade das políticas publicas locais.

 

Papel e as oportunidades para Portugal

 

A importância da dimensão urbana e o impacto do financiamento europeu 2014-2020 no desenvolvimento das smart cities dependem e muito das políticas das autoridades nacionais, regionais e locais.

 

O nível nacional, Portugal possui um conjunto de iniciativas, projetos e entidades de relevo que poderão ancorar uma estratégia integrada de cluster associado às smart cities, em articulação com a estratégia de investigação e inovação nacional para uma especialização inteligente, nomeadamente:

 

- A REDE RENER – Living Lab para a Inovação Urbana, já referida, integrada por 25 cidades nacionais que se encontram a conceber estratégias e a desenvolver projetos na área da inteligência urbana;

 

- Um conjunto de empresas com competências e capacidades para trabalhar para o mercado das cidades inteligentes, sendo que algumas já têm soluções inovadoras implementadas no terreno e experiência de internacionalização, sejam integradores de sistemas (Siemens, IBM, Cisco, etc.) ou fornecedores de componentes;

 

- Universidades e Centros de I&D com competências nos domínios chave das smart cities, com foco nas entidades que agregam competências multidisciplinares, como o Centro de Competências para as Cidades do Futuro da FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto;

 

- Polos de Competitividade e Tecnologia e clusters que articulam atores em diferentes áreas de relevo para as smart cities: polo da energia, polo das indústrias da mobilidade, polo das tecnologias de informação, comunicação e electrónica e cluster habitat sustentável;

 

Com vista à definição de estratégias e planos de ação, as autoridades locais necessitam de conhecimento especializado. Com este objetivo, a INTELI desenvolveu um Índice de Cidades Inteligentes, que integra cinco dimensões de análise: inovação, sustentabilidade, inclusão, governação e conectividade. A metodologia foi aplicada a 20 das 25 cidades que integram o Living Lab RENER.

 

A importância da dimensão urbana e o impacto do financiamento europeu 2014-2020 no desenvolvimento das smart cities em Portugal dependem e muito das políticas das autoridades nacionais, regionais e locais. Para tal, deverá ser desenvolvida uma estratégia integrada para os fundos europeus, em consonância com a estratégia nacional de investigação e inovação para uma especialização inteligente, tendo em conta as características distintivas dos territórios e as competências e projetos em curso, a saber: rede de cidades RENER, empresas com potencial de internacionalização, universidades e centros de I&D e clusters nas áreas da energia, mobilidade e tecnologias de informação e comunicação.

 

As futuras linhas de investigação deste trabalho passarão pelo alargamento da amostra de cidades onde foi aplicado o Índice de Cidades Inteligentes, com vista à respectiva utilização como instrumento de monitorização dos Planos de Ação Integrados dos municípios face às metas locais, regionais, nacionais e europeias. Acresce a ambição de adaptar a ferramenta a outros contextos espaciais, no sentido da sua internacionalização.

 

  Cidades 4.0

 

Através da INTELI foi desenvolvida uma série com 13 programas, através da produtora independente Absolut Auge, transmitida pela RTP - Rádio e Televisão de Portugal. Com o tema CIDADES 4.0, transmitidos a partir do dia 17 de Novembro de 2012. Sua programação foi semanal, todos os sábados às 14h45, com repetição às 19h45 no mesmo dia e aos domingos às 02h30.

Num formato dinâmico e ritmado, o programa Cidades 4.0 teve por objetivo mostrar o que de melhor se faz nas cidades portuguesas no âmbito das Smart Cities, recolhendo depoimentos de especialistas e figuras públicas e, ainda, divulgando alguns exemplos de sucesso no contexto internacional.

 

Esta série de programas inseriu-se num projeto de divulgação mais vasto desenvolvido pela INTELI, do qual se destacou o trabalho realizado em parceria com a revista Visão, a Siemens e a Sociedade Ponto Verde para a promoção do Índice de Cidades Inteligentes.

O trabalho de recolha, análise e diagnóstico de dados sobre as boas práticas das cidades que integram a rede RENER Living Lab foi um dos projetos emblemáticos da INTELI, apresentado na Revista Visão durante o Verão de 2012.

 

As 10 cidades mais inteligentes do mundo segundo a Forbes Dez cidades promissoras e com grande capacidade de crescimento sustentável foram reconhecidas pela revista Forbes como as mais inteligentes do planeta em 2010. Para a Forbes, atualmente a inteligência em planejamento urbano é equivalente a possuir uma agenda “verde”, isto é, sustentável.

 

A lista mescla elementos como infraestrutura, habitabilidade social e industrial, alicerces econômicos e o enfoque para o desenvolvimento da sociedade do conhecimento. Hoje as cidades inteligentes tendem a ser pequenas, compactas e mais eficientes, motivo pelo qual as grandes metrópoles não aparecem nesta lista.

 

 

  Cingapura.

 

Com uma população inferior aos cinco milhões de habitantes, Cingapura conta com um nível de rendimentos similar ao dos países ocidentais mais ricos e com um PIB per capita superior ao da maioria dos países europeus e à totalidade dos países latino-americanos.

 

Seu aeroporto é o quinto maior da Ásia, e seu porto marítimo é o segundo maior do mundo, após Xangai, quanto ao volume de carga. Um estudo da Corporação Financeira Internacional do Banco Mundial coloca Cingapura no primeiro lugar quanto a facilidades para fazer negócios. Ademais, sua população encontra-se entre as mais educadas do mundo.

 

 

  Hong Kong.

 

Situada no lugar número três, segundo o Banco Mundial, como local com facilidades para fazer negócios, Hong Kong conta com o terceiro maior porto de contêineres do mundo, um excelente aeroporto e uma população empresarial altamente qualificada. O centro de sua economia continua movendo-se para a Ásia, enquanto a Europa e América estão na luta.

 

 

  Curitiba-BRASIL

 

 A capital do Paraná é considerada inteligente e inovadora desde diversos pontos de vista. Possui um transporte urbano rápido e eficiente, que é utilizado por 70% de sua população. Também possui uma equilibrada e diversificada estratégia de desenvolvimento econômico além de suas inovações urbanísticas e o cuidado com o meio ambiente que a levaram a ficar famosa internacionalmente.

A cidade tem sido exemplo mundial por seu programa “centros de orientação” e é considerada a capital com melhor qualidade de vida do Brasil, que trata principalmente de estabelecer bibliotecas eletrônicas, dirigidas aos residentes mais pobres da cidade.

Seu polo industrial diversificado lhe confere o posto de quinta maior economia do Brasil, sendo consideradas umas das cinco melhores cidades para se investir na América Latina.

 

 

  Monterrey, México.

 

      A cidade de Monterrey conseguiu converter-se em um dos principais centros industriais e de engenharia nas últimas décadas. Conta com 57 parques industriais especializados em numerosos campos: químicos, cimentos, telecomunicações e maquinaria industrial. Por isso tem crescido a um ritmo superior ao resto do país.

Monterrey é uma zona adequada para os negócios. Ademais, converteu-se em um grande centro de educação, pois alberga 82 universidades.

 

 

  Amsterdam-Holanda

 

Amsterdam é uma capital comercial e financeira que acolhe sete das 500 principais companhias do mundo, como Philips e ING. Isto por seus relativos baixos impostos, que atraem a muitos empresários.

Seu aeroporto, Schiphol, é o terceiro com mais tráfego da Europa. Entre as vantagens de destaque desta cidade podemos citar sua população multilíngue e bem educada. Ademais, carece de corrupção política.

 

  Seattle- Washington

 

 

A chave do sucesso de Seattle é sua realidade econômica. É o porto estadunidense mais próximo ao Pacífico asiático, o que lhe permitiu atender o crescente comércio com este continente. É uma zona que serve de passagem para muitos produtos industriais e agrícolas dirigidos à exportação.

 

 

  Houston, Texas.

 

Houston é possivelmente a cidade mais próspera, economicamente falando, entre as grandes cidades dos Estados Unidos. Sua dominante indústria energética, sua próspera base industrial, o grande complexo do Texas Medical Center e seu aeroporto de primeira classe contribuem a seu sucesso de longo prazo. Houston, ademais, foi no ano passado o maior comprador de energia eólica de seu país.

 

 

  Charleston, Carolina do Sul.

       

Conservando seu maravilhoso centro histórico, Charleston ampliou seu porto e sua base de fabricação para ter uma expansão industrial. Ademais, está por emergir como um centro aeroespacial com uma nova fábrica de montagem, pelo qual criará 12 mil novos empregos bem pagos a sua região.

 

 

  Huntsville, Alabama

 

Huntsville é uma cidade ao norte do Alabama que conta com um centro inteligente em sua economia, legado de seu papel fundamental no programa de mísseis balísticos da NASA. Hoje a ênfase tradicional da zona na indústria aeroespacial é acompanhada por medidas audazes em campos como a biotecnologia.

 

 

  Calgary, Alberta, Canadá.

 

Nas duas últimas décadas, Calgary passou a ter 15% das sedes corporativas de seu país, a maior percentagem de escritórios centrais per capita do Canadá. Ademais demonstrou sua inteligência explorando sua situação e recursos para fazer negócios lógicos e tomar decisões de desenvolvimento. Não será somente por seu ar limpo, senão também por sua destreza comercial que contribuirá a seu sucesso nas próximas décadas.

 

REFERÊNCIAS

 

 As Cidades Inteligentes na Agenda Europeia: Oportunidades para Portugal-Catarina Selada/ Carla Silva/ ARTIGO: II Conferência de PRU, VIII ENPLAN e XVIII Workshop APDR: “Europa 2020: retórica, discursos, política e prática”, 2012.

 

INTELI – Índice de Cidades Inteligentes Portugal, Lisboa, 2012.

http://www.inteli.pt/pt/go/cidades-4-0 - ACESSO: 13/09/2015. CIDADES 4.0.

 

www.telesintese.com.br/o-que-sao-aas-cidades-inteligentes-e-o-que-as-to

www.urbame.com.br/blog/o-que-e-cidade-inteligente/

rener.pt

www.inteli.pt/uploads/documentos/documento_1357554966_2590.pdf

 

www.publico.pt/.../rede-portuguesa-de-cidades-inteligentes-nasce-segund...

http://ahduvido.com.br/as-10-cidades-mais-inteligentes-do-mundo-segundo-a-forbes

Redes Smart Cities Portugal - Cidades Inteligentes

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