Cidades irmãs

Cidades Irmãs

O termo cidade irmã e usado para descrever um acordo de cooperação feito entre cidades, municípios, estados e províncias, normalmente são aquelas que compartilham a mesma vocação: são fortes em pesquisa tecnológica, concentram muitas instituições financeiras, são referencias culturais e assim por diante. Geralmente, as cidades irmãs têm características semelhantes (demográficas, por exemplo) ou pontos e referencias históricas comuns.

O programa cidades irmãs tem como objetivo a cooperação mútua em assuntos de relevância para as cidades envolvidas, visando principalmente ao desenvolvimento de relações comerciais, culturais e de amizade.

Vale salientar que por meio destes acordos estas cidades encontram canais de livre comércio e diminuição de barreiras alfandegárias entre os países, facilitando o comércio e fortalecendo as empresas.

Foi em uma época de superação da crise de 1929 que surgiram ideias redes e organizações de solidariedade, parceria e que estabeleceram os primeiros acordos internacionais entre cidades. O new deal foi o nome dado à série de programas implementados nos Estados Unidos entre 1933 e 1937, sob o governo o presidente Franklin Delano Roosevelt como objetivo de recuperar e reformar a economia norte-americana, e assistir aos prejudicados pela grande depressão, nas décadas seguintes surgiram no campo internacional uma série de iniciativas, inclusive das nações unidas, que reforçaram a ideia de que não teriam outro caminho se não da união e da troca de experiências e estímulos entre as cidades.

Em 1956 foi lançado o programa SISTER CITIES, que o presidente Eisenhower criou para aumentar o relacionamento positivo entre cidades norte-americanas e do mundo.

Todas as cidades do Brasil que desejarem uma parceria com o SCI (sistercities internacionais) poderão desenvolver um grande número de programas, a exemplo de intercâmbios culturais, estudantis, de qualificação profissional, comercial e de apoio à obtenção de vistos. Terão a capacidade de conexões com escolas técnicas e universidades, onde se originaram visitas técnicas com transferência de tecnologias e patenteamento das descobertas em parcerias, bem como captação de fundos de investimentos para que os projetos possam ser desenvolvidos.

Há uma série de benefícios nessas parcerias com o governo norte-americano e organizadores estrangeiras, já exploradas por outras cidades, como o programa “Jovens Embaixadores” que é uma iniciativa de responsabilidade social da Embaixada dos Estados Unidos, em parcerias com instituições públicas e privadas, para jovens da rede pública de ensino que tenham perfil de liderança e consciência de cidadania. O programa não visa apenas dar aos jovens a chance de viajar para os EUA ou aprimorar o inglês. A ideia é que os participantes transformem-se em embaixadores que fortalecerão os vínculos de amizade, respeito e colaboração entre Estados.

Unidos e Brasil. A fundação Atlanta Rio agora propõe o “sister schools”(escolas irmãs) para integrar escolas, alunos e professores de ambas cidades através de intercâmbio de atividades. Grupos de trabalho estão sendo formados para apoio a candidatura olímpica do Rio, usando toda a experiência do legado dos jogos de Atlanta.

A criação das cidades irmãs é suportada por um decreto de lei e baseia-se nas seguintes premissas:

Criar oportunidades para os cidadãos vivenciarem as culturas de outros povos, mediante celebração de convênios específicos;
Estimular o desenvolvimento, implementação e fortalecimento de oportunidades econômicas e comerciais;
Possibilitar o diálogo e a troca de informações relacionadas a assuntos da administração pública como saúde, educação, meio ambiente, cultura, habitação, transporte, ciência e tecnologia e outros;
Desenvolver condições visando possibilitar encontros criativos de estudos e trabalho;
Colaborar com organizações que têm os mesmos objetivos e organizar planos de trabalho anuais.

Brasil e Japão

Através da germinação desses países, muitos projetos interculturais entre as cidades são realizados, promovendo assim a troca de conhecimentos e experiências, estabelecendo laços mais estreitos e fomentando a cooperação, solidariedade e compreensão internacional entre os cidadãos dos municípios que possuem a co-irmandade.

Os primeiros acordos de geminação entre estados brasileiros e províncias japonesas ocorreram em 1973, entre o estado de Minas Gerais e a província de Yamanashi e entre o estado de São Paulo e a província de Mie. Já o último acordo firmado foi em 1986, entre o estado de Mato Grosso do Sul e Okinawa.

E o primeiros acordos de geminação de cidade s brasileiras e japonesas aconteceu em 1963 entre as cidades de Pelotas (RS) e a cidade de Suzi-shi (Ishikawa-ken) e a última firmada foi entre a cidade de Manaus (AM) e Hamamatsu (Shizuoka).

O Brasil e o Japão possuem 11 províncias e 47 cidades irmãs.

Curiosidade: As cidades irmãs costumam trocar monumentos para simbolizar a co-irmandade.

Cidade de Registro (SP),há uma praça de estilo oriental que recebeu o nome de Praça Natatsugawa, em homenagem a sua cidade irmã.

Brasília & Washington

As capitais do Brasil e do Estados Unidos da América, Brasília e Washington, decidiram ser cidades irmãs. O parentesco foi formalizado por um convênio assinado entre o GDF e a prefeitura da capital dos Estados Unidos. Os laços familiares foram formalizados no dia 15 de março de 2013 pelos mandatários das duas cidades.

Washington e Brasília guardam muitas similitudes. As duas são capitais federais, são cidades planejadas, foram construídas para abrigar a máquina pública federal e as representações diplomáticas. Ou seja, tinham como propostas ser capital de nações importantes das Américas.

Porém apesar das diversas semelhanças as cidades possuem grandes diferenças, no âmbito habitacional, de segurança pública, do transporte público de limpeza da cidade e diversos outros, Washington investe nas peculiaridades de seu povo.

A cooperação Brasília- Washington pode ser bastante positiva para a capital federal, as duas cidades se comprometeram a estreitar os laços em áreas como educação, turismo, transporte, mobilidade, cultura e negócios.

Recife & Olinda

Recife e Olinda, colonizadas respectivamente por holandeses e portugueses, oferecem aos turistas belas praias, muitas atrações culturais e históricas. As “cidades irmãs” como são conhecidas, estão separadas por aproximadamente sete quilômetros, o que facilita a visitação das duas cidades de “uma só vez”.

Curiosidade:Além disso, a tradição do frevo, dessas duas cidades atrai todos os anos, durante o Carnaval, milhares de turistas de todas as partes do Brasil e do mundo. O ritmo que envolve estilos musicais variados misturando polca, maxixe, modinha, tango, quadrilha e pastoril.

REFERÊNCIAS

BARROS, Mariana. Cidades-irmãs. Disponível em: www.veja.abril.com.br/blog/cidades-sem-fronteiras.

Cidades-irmãs entre Brasil e Japão. Disponível em: www.japaoemfoco.com

FONSECA, Marco. O desafio das cidades-irmãs. Disponível em: http://atlantariofoundation.wordpress.com.

Geminação de cidades. Disponível em: www.skycrapercity.com.

Olinda e Recife: cidades-irmãs até na politica. Disponível em: www.pernambuco.ig.com.br.

Prefeitura de Santo André. Cidades-irmãs. Disponível em: www2. santoandre.sp.gov.br.

SANT’ANNA, Chico. Brasília e Washington cidades irmãs ou primas distantes. Disponível em: www.brasil247.com.

SILVA, Tereza. Edivaldo assina acordo inédito de cidades-irmãs com município chinês. Disponível em: www.silvatereza.com.br.

TARCIANO, Terezinha. Parcerias internacionais. Disponível em: www.busca1.com.br

www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/relacoes.../index.php?p..

Economia Regional e Urbana

O desenvolvimento Economico e social no Brasil e no mundo

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