
Economia Regional e Urbana
O desenvolvimento Economico e social no Brasil e no mundo
A ImportĂąncia do Projeto:
A polĂtica urbana brasileira vivencia um contexto de mudanças significativas nos Ășltimos 7 anos e por isso Ă© importante reconhecer a importĂąncia da polĂtica urbana em relação Ă construção das cidades democrĂĄticas e inclusivas que sem dĂșvida Ă© um grande desafio da gestĂŁo pĂșblica, ligados aos problemas das cidades que crescem a cada dia e as diversas regiĂ”es destas.
A Definição:
A conferĂȘncia das cidades Ă© um projeto que constituem a oportunidade mĂĄxima de participação e pactuação polĂtica ao construir um espaço para a sociedade compartilhar a elaboração e avaliação das polĂticas pĂșblicas e de sua implementação.
Objetivos do projeto:
As ConferĂȘncias das Cidades colocam na agenda pĂșblica e polĂtica questĂ”es urbanas que sempre foram preteridas ou tratadas apenas no Ăąmbito local (ocupação de risco, saneamento ambiental, regularização fundiĂĄria, conflitos fundiĂĄrios, urbanização de assentamentos precĂĄrios, acesso a moradia para a população de atĂ© 3 salĂĄrios mĂnimos e mobilidade urbana, entre outros).
A promoção das conferĂȘncias:
Elas promovem a formação de redes de difusão de informaçÔes sobre a função social da cidade e da propriedade e fortalecem o Conselho das Cidades, que age como o interlocutor das propostas aprovadas em plenårias, ampliando a participação popular.
HistĂłrico:
Em 2003, a 1ÂȘ ConferĂȘncia Nacional das Cidades estabeleceu parĂąmetros para uma PolĂtica de Desenvolvimento Urbano com propostas de integração das polĂticas setoriais, acesso universal Ă moradia digna, ao saneamento bĂĄsico, ao transporte pĂșblico, gestĂŁo descentralizada e democrĂĄtica, acesso Ă informação, decisĂŁo, implementação e avaliação da PolĂtica Nacional de Desenvolvimento urbano.
Em 2005 a 2ÂȘ ConferĂȘncia nacional das Cidades foi aprovado o princĂpio da gestĂŁo democrĂĄtica, da participação e do controle social como uma das diretrizes da polĂtica de planejamento urbano. Ainda aprovou-se a estruturação e os instrumentos da polĂtica regional e metropolitana.
JĂĄ em 2007, na 3ÂȘ ConferĂȘncia Nacional das Cidades os temas considerados fundamentais foram os de avançar na construção da PolĂtica Nacional de Desenvolvimento Urbano, construir Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano e a criação de uma PolĂtica de Regularização FundiĂĄria e de uma PolĂtica de Prevenção e Mediação de Conflitos FundiĂĄrios Urbanos.
Realizada em 2010, a 4ÂȘ conferencia teve como proposta a implementação de marcos regulatĂłrios das polĂticas urbanas e sociais, o reconhecimento da moradia digna como expressĂŁo da cidadania e de direitos fundamentais; a universalização do acesso ao saneamento ambiental de qualidade, com prioridade de atendimento Ă s famĂlias de menor renda, moradoras em ĂĄreas perifĂ©ricas das cidades; o transporte pĂșblico de qualidade e custo acessĂvel como serviço pĂșblico essencial visando Ă inclusĂŁo e Ă melhoria da qualidade de vida.
5ÂȘ ConferĂȘncia das Cidades:
Realizada no perĂodo de 20 a 24 de novembro de 2013, em BrasĂlia-DF, sob a responsabilidade do MinistĂ©rio das Cidades, e precedida das seguintes etapas preparatĂłrias: ConferĂȘncias Municipais e ConferĂȘncias Estaduais tendo como tema: REFORMA URBANA JĂ.
O que seria a Reforma Urbana?
A Reforma Urbana Ă© uma polĂtica de planejamento social elaborada a fim de democratizar o direito Ă cidade. A sua plataforma de ação se faz no sentido de readequar o espaço das cidades que nĂŁo Ă© utilizado ou que Ă© utilizado de forma precĂĄria e, nesses locais, proporcionar a construção de moradias ou de espaços sociais pĂșblicos que possam atender demandas como lazer, cultura, saĂșde, educação e outros.
Etapas e Metodologia:
Divide-se em trĂȘs partes:
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1ÂȘ parte: Texto base nacional
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2ÂȘ parte: Texto comas prioridades do ministĂ©rio das cidades para a politica de desenvolvimento urbano 2014-2016.
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3ÂȘ parte: Texto para a discussĂŁo das prioridades municipais e estaduais para a polĂtica de desenvolvimento urbano 2014-2016.
1ÂȘ parte: Texto base nacional
O texto base nacional aborda quatro grandes temas relacionados diretamente ao SNDU (Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano):
1. PolĂticas de incentivo Ă implantação de instrumentos de promoção da função social da propriedade:
2. Participação e controle social no Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano: A participação e o controle social no SNDU deverão ser exercidos nos seguintes ùmbitos:
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Federal: pelo Conselho Nacional das Cidades como ĂłrgĂŁo colegiado consultivo e deliberativo sobre a polĂtica nacional do desenvolvimento urbano, e pela ConferĂȘncia Nacional das Cidades;
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Estadual: por ĂłrgĂŁos colegiados consultivos e deliberativos, tais como conselhos estaduais das cidades vinculados Ă polĂtica urbana, e pelas ConferĂȘncias Estaduais das Cidades;
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Distrito Federal: por ĂłrgĂŁos colegiados consultivos e deliberativos, tais como o conselho distrital das cidades vinculados Ă polĂtica urbana, e pela ConferĂȘncia Distrital das Cidades;
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Municipal: por ĂłrgĂŁos colegiados consultivos e deliberativos tais como conselhos municipais das cidades, de desenvolvimento urbano, de polĂtica urbana, bem como fĂłruns das cidades vinculados Ă polĂtica urbana, e pelas ConferĂȘncias Municipais das Cidades.
3. Fundo Nacional de Desenvolvimento Urbano: AtĂ© 2014, o MinistĂ©rio das Cidades deve elaborar e encaminhar Ă PresidĂȘncia da RepĂșblica proposta de criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Urbano (FNDU) como instrumento institucional de carĂĄter financeiro. Tem a finalidade de dar suporte Ă s açÔes e formas de cooperação entre a UniĂŁo, Estados, Distrito Federal e MunicĂpios para atender aos objetivos da PolĂtica Nacional de Desenvolvimento Urbano, composto por rubricas especĂficas para as ĂĄreas de habitação de interesse social, saneamento ambiental de interesse social, transporte e mobilidade de interesse social, e programas urbanos estratĂ©gicos. O repasse de recursos do MinistĂ©rio das Cidades aos estados e municĂpios deve estar subordinado Ă PolĂtica Nacional de Desenvolvimento Urbano e a construção do sistema nacional de desenvolvimento urbano.
4. Instrumentos e polĂticas de integração Inter setorial e territorial: Para a atuação cooperada entre a UniĂŁo, Estados, Distrito Federal e MunicĂpios, voltada Ă promoção das polĂticas nacional, regionais e locais de desenvolvimento urbano. O MinistĂ©rio das Cidades deve contar, entre outros, com os seguintes instrumentos e polĂticas de integração intersetorial e territorial:
a) plano nacional e planos regionais e setoriais urbanos de ordenação do território e de desenvolvimento econÎmico e social;
b) planos plurianuais, leis de diretrizes orçamentårias, e Orçamento Geral da União;
c) Fundo Nacional de Desenvolvimento Urbano;
d) ConsĂłrcios PĂșblicos, com a participação do MinistĂ©rio das Cidades;
e) Sistema Nacional de InformaçÔes e de Monitoramento das PolĂticas Urbanas como parte do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano â SNDU.
2ÂȘ parte: Texto para a discussĂŁo das prioridades municipais e estaduais para a polĂtica de desenvolvimento urbano 2014-2016.
A segunda parte procura desenvolver programas que auxiliem as cidades nos seguintes quesitos:
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Habitação: O princĂpio da moradia digna como direito humano apontou a necessidade de redução do dĂ©ficit habitacional, a urgĂȘncia na aprovação da Lei do Sistema e do Fundo nacional de Habitação de Interesse Social e a reorientação dos investimentos pĂșblicos para o atendimento da população com renda de atĂ© 5 salĂĄrios mĂnimos;
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Saneamento: Estabeleceu como princĂpio âSaneamento BĂĄsico como direito Humano e como polĂtica urbana e determinante de saĂșdeâ
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Mobilidade urbana: PropÎs a importùncia da mobilidade urbana intermodal e integrada e a revitalização do sistema ferroviårio;
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Planejamento urbano e ordenamento territorial: PropĂŽs a capacitação do setor pĂșbico e da sociedade civil para o planejamento e gestĂŁo participativa;
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TrĂąnsito: PropĂŽs as principais dificuldades das cidades em relação ao trĂąnsito e planejou-se uma reforma unindo todos, desde o pĂșblico ao privado;
3ÂȘ parte: Texto para a discussĂŁo das prioridades municipais e estaduais para a polĂtica de desenvolvimento urbano 2014-2016.
DiscussĂŁo das prioridades da PolĂtica Urbana, tornando-se resoluçÔes das conferĂȘncias municipais e estaduais (incluindo o Distrito Federal). Estas resoluçÔes devem ser enviadas para Secretaria-Executiva da 5ÂȘ ConferĂȘncia, mas nĂŁo serĂŁo objeto de discussĂŁo na Etapa Nacional.
Diante dessa discursão é gerado questÔes a serem discutidas, tais como:
A criação, implementação e funcionamento dos conselhos das cidades, integrando, se possĂvel outros conselhos setoriais vinculados a polĂtica urbana;
A integração das polĂticas urbanas e dos diferentes planos setoriais no territĂłrio: polĂtica fundiĂĄria, mobilidade e acessibilidade urbana, habitação e saneamento, a criação, implementação e funcionamento dos planos setoriais de habitação, saneamento ambiental e mobilidade;
A criação, implementação e funcionamento de fundos e seus conselhos gestores;
A aplicação do estatuto da cidade e dos planos diretores e a efetivação da função social da propriedade do solo urbano;
O funcionamento dos programas governamentais, em especial aqueles vinculados as polĂticas federais tais como o PAC e Minha Casa, Minha Vida, e sua articulação com a polĂtica de desenvolvimento urbano.
Finalidade:
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Avançar na construção da PolĂtica e do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano;
b) Indicar ao Ministério das Cidades as prioridades de atuação.
c) eleger as entidades nacionais membros do Conselho das Cidades, para o triĂȘnio 2014-2016, conforme Resolução Normativa do Conselho das Cidades
ConferĂȘncia Internacional Cidades SustentĂĄveis:
A 1ÂȘ ConferĂȘncia Internacional Cidades SustentĂĄveis â PolĂticas PĂșblicas Inovadoras Ă© voltada aos gestores pĂșblicos, lideranças sociais e empresariais, pesquisadores, acadĂȘmicos e jornalistas. Prefeitos de vĂĄrios municĂpios brasileiros e de outros paĂses apresentarĂŁo experiĂȘncias concretas e de excelĂȘncia na gestĂŁo pĂșblica sustentĂĄvel em ĂĄreas como saĂșde, educação, mobilidade, segurança, resĂduos e governança.
O Programa Cidades SustentĂĄveis (PCS) tem o objetivo de sensibilizar e mobilizar as cidades brasileiras para que se desenvolvam de forma econĂŽmica, social e ambientalmente sustentĂĄvel, buscando melhorar a qualidade de vida e o bem-estar para toda a sociedade
ReferĂȘncias:
http://app.cidades.gov.br/5conferencia/
http://www.brasilescola.com/geografia/reforma-urbana.htm
http://www.direito.mppr.mp.br/arquivos/File/conferianacional.pdf